Diversas são as causas de perda de cabelo, mas o sentimento é um só: desespero.
O cabelo faz parte da identidade pessoal.
As causas mais comuns da queda de cabelo são: eflúvio telógeno, alopecia androgenética e alopecia areata. Outras menos comuns são alopecia frontal fibrosante, lúpus, tricotilomania e alopecia por tração.
O diagnóstico preciso é importante para o correto tratamento.
Vou falar sobre as duas principais causas:
1- Eflúvio telógeno:
O cabelo tem ciclos de crescimento (fase anágena), repouso (catágena) e queda (telógena). No eflúvio telógeno, grande parte dos fios entram juntos na fase de queda, fazendo com que caia 300 ou mais fios por dia (normal são 100 fios). As causas que fazem esse sincronismo de queda acontecer são: hipotireoidismo, anemia, deficiência de vitaminas, infecções, estresse físico e emocional, pós parto e medicamentos. O evento causador ocorre de 3 a 4 meses antes de iniciar a queda.
Quando a queda passa de 6 meses, é chamada de eflúvio telógeno crônico, em que há períodos de melhora e piora, que podem durar anos.
Conduta no eflúvio telógeno:
- Realizar exames de sangue para descobrir a causa;
- Tomar suplementos vitamínicos especiais para o cabelo e de acordo com as deficiências mostradas nos exames. Tratar a saúde intestinal para melhorar a absorção dos nutrientes;
- Uso de loções capilares (minoxidil, extrato de chá verde);
- Controle do estresse;
- Tratamento em consultório com mesoterapia capilar e/ou ozonioterapia, podendo associar PRP.
2- Alopecia androgenética:
É uma causa genética de queda de cabelo, em que a ação do hormônio masculino dihidrotestosterona promove o afinamento dos fios até que eles desaparecem. É o chamado processo de miniaturização dos fios. A queixa do paciente é que literalmente o cabelo sumiu, e áreas de rarefação na parte frontal da cabeça e região da coroa vão aumentando. Homens são mais frequentemente acometidos dos que as mulheres. Nas mulheres, a perda de cabelo segue um padrão mais difuso, isto é, uma perda global, podendo o couro cabeludo ficar aparente.
Somado a esse desaparecimento dos fios, pode também estar presente a queda de cabelo, pois não é incomum a associação com estresse, deficiência de vitaminas, má higienização do couro cabeludo, acelerando o processo de rarefação capilar.
Cuidados na alopecia androgenética:
- Realizar exames de sangue para buscar alterações que estejam associadas;
- Suplementação com vitaminas de acordo com o resultado do exame. Tratar a saúde intestinal para otimizar a absorção dos nutrientes;
- Uso de loção capilar contendo minoxidil associado com inibidores do processo de miniaturização dos fios, como: serenoa repens e finasterida;
- Aplicação em consultório de mesoterapia capilar com finasterida e minoxidil. A associação com ozonioterapia e PRP auxilia grandemente na resposta.
Saiba mais sobre os tratamentos:
1- Mesoterapia capilar: Injeção no couro cabeludo de vitaminas, minoxidil e fatores de crescimento. Faz parar a queda e acelera o crescimento do novo fio.
2- PRP (plasma rico em plaquetas): É retirado sangue do paciente, na sequência é centrifugado e a parte líquida (plasma) é aplicada no couro cabeludo. A injeção de plasma estimula a formação de novos vasos sanguíneos (melhora o suprimento de oxigênio e nutrientes no local) e libera hormônios de crescimento do cabelo.
3- Ozonioterapia: O gás ozônio é aplicado no couro cabeludo. Ações: aumenta o suporte de oxigênio local, melhora a circulação, combate a inflamação local e diminui a quantidade de fungos. Cessa a queda e acelera o crescimento dos fios.
A associação de tratamentos potencializa o resultado.
– E a finasterida oral?
A finasterida inibe a conversão da testosterona em diidrotestosterona (DHA). É a diidrotestosterona que provoca a miniaturização dos fios. Portanto, inibir a conversão da testosterona em diidrotestosterona cessa a miniaturização dos fios. Excelente para a calvície, porém a inibição ocorre em todos os tecidos que produzem a DHA como a pele, cérebro, próstata e órgãos genitais.
No cérebro, a DHA é essencial para a capacidade de memorização, comportamento masculino e aprendizagem. Sintomas como falta de concentração, depressão, insônia, esquecimento podem surgir com o uso da finasterida e a gravidade é que nunca são associados ao seu uso, o que impossibilita a melhora dos sintomas. Outros sintomas relatados com o uso da finasterida são diminuição do volume ejaculatório, dificuldade de ereção e diminuição da libido.
A escolha pelo uso da finasterida oral deve ser decidida junto do paciente, explicando os potenciais efeitos maléficos. Lembrando que atualmente a finasterida pode ser aplicada localmente pela mesoterapia. Não é possível garantir que não ocorra a absorção sistêmica da finasterida com o uso na mesoterapia, porém se houver absorção será menor do que pelo uso oral. Eu oriento meus pacientes a fazerem a mesoterapia com finasterida, sem o uso oral, associado ao minoxidil domiciliar e à outras terapias em consultório.
Se for escolhido pelo uso da finasterida oral, é mandatório realizar exames hormonais semestrais (FSH, LH, estradiol, prolactina, DHT, testosterona total e livre).
Ainda tem dúvidas? Entre em contato comigo que terei enorme prazer em ajudar. E se quiser agende já sua avaliação e comece seu tratamento.